sábado, 24 de setembro de 2016

Relato de um passeio nas profundezas de mim.

Este relato só se faz possivel, graças a uma incrivel capacidade que minha alma possui em se entregar por completo, se fazer presente por inteiro, quando escuta o xamado da XamAM!

A XamAM nos convidou naquele dia para entrar num rio de característica turva, enlamaçado, repleto de galhos, arbustos, restos orgânicos diversos. Aparentemente não desafiadora a tarefa. Isso se minha alma não houvesse o que me falar:

Nos momentos com a XamAM a minha Alma se revela para mim, e serve diretamente ao meu auto-conhecimento e minha Cura!

Começou me incomodando por motivos bem sutis, como a vontade de tirar o vestido para realizar a tarefa de entrar no rio.
Normalmente não recuo no que sinto vontade, mas senti que não podia fazer tudo o que queria naquele momento, e isso me irritou, muito mais do que o normal. Foi só o inicio de uma inquietação sem fim naquela pequena trilha dentro do rio. Tropeçav e escorregava inúmeras vezes. Não me sentia em sincronia com o resto do grupo da escola. Todos pareciam distante, e eu ainda mais.
Me sentia fisicamente esgotada, mas nao podia deixar de notar, que o esforço real era ínfimo. Eu me sentia profundamente aborrecida por algo que ainda não consigo explicar.
Até que a XamAM propôs uma alteração na atividade. Pediu que dessemos as mãos e fossemos liderados por cada pessoa presente, em um determinado momento.
E a cada solicitação, o líder era renovado, e passava à puxar todos os outrxs.
No meu momento de liderar, queria apenas que fosse rápido, queria fazer o que fosse preciso e logo. Porém, logo na minha vez, o rio estreitou consideravelmente, e ainda surgiu um arbusto no rio, fechando a passagem.
Informei o ocorido à XamAM que me solicitou uma decisão.
Eu enãto perguntei ao grupo o que desejvam:
Ela insistiu, que a decisão era minha.
Enquantoo isso o colega mais próximo antecipava: Vamos logo tirar esse arbusto daí, eu te ajudo. E começou a tirar.
Logo eu estava ajudando-o, mas não havia decidido ainda se deveríamos seguuir. Não senti ter tomado uma decisão;
Foi quando outros gritarm:
Volta! Não há como passar aí mais!
De repente, em uma tentativa de acabar logo tudo aquilo, resolvir ouvir o apelo dos que gritavam ao fundo:
- Ok! Vamos retornar!
Surpresa da XamAM. Em meu retorno eu teria que olhar nos olhos de cada pessoa liderada por mim e informar que não era possivel seguir.
Uma tarefa aparentemente simples, mas apenas aparentemente. Fugi de muitos olhares e justificativas, pois não conseguia olhar e nem falar, e senti uma dor muito grande, uma aflição extrema. A XamAM notou e passou a me cobrar:
OLhe nos olhs deles, diga que não será possível seguir.
Que dor extrema! Que vergonha imensa! Sesação de impotencia!
Voltei a guia-los de volta, e o maior conforto que pude sentir, foi notar o quanto a XamAM parecia se divertir com o que acontecia comigo. E depois, quando ela assumiu novamente a liderança: UFA!
Ela nos pediu para sair do rio para uma trilha com pequenas mudas novas plantadas, e pedia para ter uidado e atenção com elas. E isso me lembroou da minha busca por delicadeza e sutileza, me sentia evoluindo nessa busca. Outra sensação de bem-estar!
Entramos em clareiras abertas em meio a um imenso matagal e formamos um circulo. Foi então que a Xamam perguntou se alguém gostaria de ir para o centro daquele círculo:
-Eu! Por Favor!
Uma conclusão de que: Não faz mal pedir ajuda quando precisamos.
Como é bom estar de volta à tribo!






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